sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Palavras, vida ou morte, prazer ou dor?

Em Pv 18.21 está escrito: A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.
Percebo que aquilo que tem sido dito está causado morte em muitos relacionamentos. Agora mesmo existem pessoas agredindo e sendo agredidas verbalmente, seja no trânsito, em casa, no trabalho, na escola, etc. Presenciamos este fato a todo instante.
Vivemos em um século onde calar em meio a acusações é ser besta, não revidar é ser medroso, não entrar na briga é ser covarde, amar é ser fraco, perdoar é não ter opinião, abraçar é tirar proveito, sorrir é dar liberdade, falar de amor é ser careta, acreditar na paz é estar iludido... Podemos ver o quanto o deus desse século (Satanás), tem cegado o entendimento dos descrentes, daqueles que não acreditam na Palavra de Deus.
Quando Jesus veio Ele fez uma declaração surpreendente, observe: Ouviste que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, oferece-lhe também a outra. Mt 5.38 e 39.
Essa ordenança de Jesus parece impossível para alguns, mas na verdade Ele nunca iria nos pedir algo que não tivéssemos condições de praticar. No entanto, é possível oferecer o outro lado da face, não revidar, calar ou dizer palavras pacificadoras no momento em que o cônjuge aclama seus defeitos e ignora suas virtudes.
As palavras ao saírem da nossa boca são sementes lançadas que frutificarão e comeremos desse fruto, quer seja bom ou ruim, quer gere morte ou vida.
Quando falo desse assunto, gosto de relatar um fato que aconteceu ainda na época em que estava solteira. Minha mãe ganhou uma planta conhecida pelo nome “comigo ninguém pode”, e ela sempre a regava, com o objetivo de mantê-la viva. Uma vizinha nossa ao visitar a casa da minha tia, viu uma planta dessas lá e cheia de superstição falou: a moça que tem uma planta “comigo ninguém pode” em sua casa não casa! A notícia logo se espalhou e chegou aos meus ouvidos. No entanto, eu sabia que mainha não iria se desfazer da planta, então criei um plano: regar a planta com água sanitária para que ela morresse, pois agora ela era minha inimiga número um. Assim fiz por muitos dias, na ausência de mainha despejava água sanitária na pobre planta que era muito forte e parecia não morrer. Perseverei, perseverei e até que suas folhas começaram a amarelar. Eu tomei ódio da planta e quando ia regala dizia: eu quero vê se você não morre, eu posso com você! Então depois de resistir muitos e muitos dias ela morreu para o meu alívio e alegria. Mainha deu fim a ela e na minha cabeça eu estava livre da eterna solteirice.
Muitos relacionamentos estão assim, verdes, fortes, imbatíveis, até que um dos dois ou os dois começam a falar palavras que a princípio parecem não causar efeito, mas com a continuidade, o casamento que era verdinho, viçoso, começa a amarelar. Perdi-se o brilho, perdi-se o fervor, perdi-se a vida ao ponto de ser desfeito e lançado fora. As palavras na maioria dos relacionamentos têm sido como aquela 'água sanitária', matando aos poucos. Estar amarelo ainda não significa que morreu, mais sim que precisa-se de nutrientes, então porque não substituir a água sanitária (palavras que ferem) por água limpa (palavras doces)?
Em Pv 7.21 e 22a diz que a mulher adúltera seduz o homem desejado com as suas muitas palavras, com as lisonjas (elogios exagerados) dos seus lábios o arrasta. E ele num instante a segue.  
Em contrapartida muitas esposas têm expelido o seu marido e segundo a Palavra não convém que seja assim.

MEDITE UM POUCO NESSES VERSÍCULOS:
Pv 10.8à O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se.
Pv 10.11à A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos mora a violência.
Pv 10.32à Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, somente o mal.
Pv. 12.18à Alguém há cuja palavra é como pontas de espada, mas a língua dos sábios é remédio.
Pv 15.1à A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura levanta a ira.
Pv 15.23à O homem se alegra em dar resposta adequada, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!
Pv 15.28à O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos perversos transborda maldades.
Pv 16.24à Palavras agradáveis são como favo de mel; doces para a alma e remédio para o corpo.
Pv 18.7à A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para sua alma.
Pv 21.23à O que guarda a boca e a língua, guarda a sua alma das angústias.
Somos completamente responsáveis pelo sucesso ou fracasso da nossa família, e sabendo disso Deus nos instrui a liberarmos vida através dos nossos lábios. Você pode, eu posso, nós podemos!

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